Bad day

Decidi colocar aqueles brincos em forma de flor que há muito não usava. Calcei aquelas sandálias altas na esperança que o mundo reparasse em mim. Não sabia o que fazer ao cabelo, então fiz-lhe uma trança para que parecesse menos despenteado. Experimentei um perfume novo e até decidi aplicar um pouco de baton sobre os lábios. Tentei a todo o custo ficar bonita, hoje precisava de ficar bonita.

Já alguma vez sentiram aquela sensação de acordar e perceber que hoje não é um bom dia? Por mais que nos esmeremos, por mais que tentemos ficar bem, bonitos, arranjados, por incrível que pareça as órbitas celestes não estão a nosso favor. Chamem-lhe mau olhado, chamem-lhe karma, chamem-lhe o que quiserem. Hoje eram um desses dias…

Tentei a todo o custo sorrir, ficar bem, estar bem. Antes de sair de casa voltei uma última vez a olhar o espelho, e disse para comigo mesma: “ Deixa-te de merdas. Hoje é um dia como os outros. Por isso sorri!”. Mas quem queria eu enganar? Como disse, hoje era um daqueles dias.

Saí à rua como faço todos os sábados. Pratiquei exatamente a mesma rotina que faço a já algum tempo. E acreditem, esta é uma rotina que pratico de coração. Mas como hoje era um daqueles dias, por mais coisas que eu fizesse ou pensasse fazer, aquela cara de carneiro mal morto que eu aparentava não desaparecia.

Decidi ouvir música. Começo pelo rock (como de costume). E qual não é o meu espanto quando dou por mim a ouvir as pirosices do meu mp3. Pois, ao que parece o meu lado sentimentalista estava em alta hoje. E como todos vocês, também tenho uma pequena queda para este tipo de romantismo. Volto a dizer, hoje era um daqueles dias.

Sábado, dia de visitar as pessoas mais importantes da minha vida. Como eu digo, o sábado para mim é sagrado, pois ao sábado eu mato saudades. E como tal, hoje era dia de sorrir e fazer sorrir. Como sempre fiz e faço aos anos. Mas porra, hoje estava complicado manter essa minha faceta de “palhaça”. Tentei, juro que sim. Mas hoje era simplesmente um daqueles dias.

A visita hoje foi curta, então por volta das 15h e pouco já estava eu agarrada à minha almofada. Como faço sempre, sempre que estes dias me perseguem. Fiquei assim uns bons minutos. Entretanto, do nada, todos se resolvem lembrar de mim e o meu telemóvel fica pior que caixa de correio eletrónico quando tem vírus! Depressa os despachei. (desculpem, mas como referi n de vezes, hoje era um daqueles dias.)

Voltei então para a melancolia dos meus pensamentos. E já farta de pensar, não sabendo ao certo em quê (ou se calhar sim), resolvo começar a escrever. E “voi la”, sai-me isto. E já são umas 19e03h da tarde… e sabem uma coisa? O dia está muito longe de acabar. Como eu disse, hoje é um daqueles dias. Um mau dia. 

Filosofia da Margarida!

Ora bem, vamos lá começar com isto. Hoje vou-vos apresentar uma pequena filosofia que eu mesma criei. O tema aqui abordado coloca em depressão cerca de 60% de todos os jovens. E sim, acabei de inventar esta percentagem!

O amor e os seus efeitos. Esse sentimento que aos olhos de muitos não passa de borboletas, flores, casinhas e céus cor de algodão doce. Pois bem, a minha pessoa não pensa assim. Vejo o amor como um vírus minucioso, que quando ataca deixa as pessoas desprovidas das suas defesas. O que as faz por vezes reagir de maneiras muito estranhas, digo mesmo, questionáveis! Quero com isto dizer que a tão falada expressão “o amor cega” não é de todo errónea.

 E a verdade seja dita, as mulheres são menos imunes que os homens a esta doença de coração. Isto porque a mulher é um ser mais sensível, tanto a nível sentimental como emocional. Não quero com isto dizer que os homens não o sejam, até porque acredito que exista muito coração de manteiga masculino por aí espalhado, só quero sublinhar que a mulher tem mais tendência para exagerar.

Um exemplo verídico que eu própria desenvolvi: Quando uma rapariga envia a um rapaz uma mensagem com mil e não sei quantos caracteres, não sei quantos “smiles” de felicidade e mais uma certa quantia de corações, a expressar o seu mais recente sentimento por ele. Uma mensagem onde a paixão e as regras do piroso e do lamechas são cumpridas com a máxima rigorosidade. Mensagem essa que é escrita na esperança de receber de volta uma mensagem com o mesmo conteúdo e com o mesmo grau de romantismo. Porém, e meninas vocês não me deixam mentir, a resposta muita das vezes não é o que sonhamos. Respostas, mais habituais, masculinas: “eu também amor <3”, “ :) <3”, “Oh tão querida <3”, “Amo-te muito <3”.

E pronto, isto é o suficiente para as meninas largarem não sei quantas dúzias de lágrimas. O tão esperado testamento de amor resume-se, na maioria das vezes, a uma simples frase!

E agora pergunto: Porquê tantas expectativas minhas meninas?? Hellooo estamos a falar de homens! São poucos os homens que ligam a estas pirosices! O facto de recebermos uma mensagem de volta, nem que seja com um mísero “smile”, já nos devia agradar. Pelo menos o tal rapaz deu-se ao trabalho de nos responder.

Nós mulheres ligamos muito aos pormenores, os rapazes são mais básicos. Preferem mostrar o seu sentimento cara a cara, não precisam de mensagens para demonstrar seja o que for, pois quando eles gostam, meninas eles cuidam!

É por isso que eu digo que em 100% do sofrimento feminino, 90% é culpa nossa! (Voltei a inventar mais uma percentagem) Sim, porque nós mulheres criamos demasiadas expectativas, colocamos muitas vezes a “carroça na frente dos bois”. Somos muito complicadas no que toca a expressão de sentimentos, e os homens não! São mais despreocupados. Nós, à mínima nuvem negra, alagamos-nos em lágrimas… E o ridículo é que isso tudo, esse sofrimento todo, esses quilos a menos que perdemos por passar dias e dias sem comer, esse fim do mundo todo que vivemos, muitas das vezes é tão em vão. Nós sabemos que os homens são assim, é natureza deles ser assim. E, se sabemos para quê esperar mais deles? Quantas não são as vezes que passamos dias como Marias Madalenas arrependidas para no final ficar tudo bem e voltarmos a cair nos braços/cama dos nossos príncipes encantados? Para no final essa choradeira toda resumir-se unicamente a perda de tempo.

Meninas acreditem que também já passei pelo mesmo, mas agora que me encontro do outro lado dessa “bolha” que é o amor, vejo as coisas um pouco de maneira diferente. Por isso, um conselho: Vamos ser menos complicadas! Os nossos homens agradecem e nós só ganhamos com isso. Beijinho a todas :)

P.s- Meninos não pensem que vos estou a tirar os créditos todos, mais à frente falaremos dos vossos pobres! ;)

E a crítica começa agora!

Chamo-me Diana Margarida, tenho 20anos e sou de Coimbra. Sou viciada em series, redes sociais, rock and roll e pickles. Tenho uma eterna paixão por letras, adoro ler e principalmente escrever. Hobby preferido: argumentar! Neste blog vou-me expor, como pessoa, ser humano e observadora nata da nossa “sociedadezinha”. Aviso já que não sou uma pessoa fácil, sou bastante sincera e isso por vezes é mau, muito mau… Tenho uma mente muito aberta o que, aos olhos de muitos, é bastante questionável. Acredito no amanhã e nas oportunidades que este pode oferecer, acredito na luta diária e sou apologista de que todo o sofrimento tem uma razão de ser. Gosto de actos de solidariedade, emoções e sentimentos. Porém, não acredito na sua eternidade. Eu e o amor temos uma relação pouco amigável, mas, neste momento, jurámos tréguas durante uns tempos. (A ver no que é que dá!)

Para mim a amizade é a base de tudo. Não sou pessoa de grandes amigos, mas os que tenho são meus e a mim ninguém mos tira. Perfeição é coisa que a mim não me assiste. E ainda bem, coisas perfeitas perdem a graça. Não sou de me guiar por terceiros, nasci para que se guiassem por mim e não o contrário. Sou uma pessoa bastante autónoma e adoro quando isso fere as susceptibilidades dos outros! Quando quero (mas só quando quero) consigo ser bastante cínica, o poder da ironia nasceu comigo. Adoro uma boa "discussão", e sim, a minha maneira de ver o mundo é um bocado alucinada!   

O meu blog sera um blog aberto, onde todos poderão deixar a sua opinião. Vou falar de tudo um pouco, tentar abranger todos os temas sociais. Todas e quaisquer ideias aqui expostas deverão ser coesas e construtivas!

Sem mais demoras, aqui fica uma breve apresentação da minha pessoa, "Moi", e espero sinceramente que gostem do meu trabalho. Apertos de mão a todos! :)


P.S: aceitam-se temas de discussão!